Há uma companhia que não aceito:
a dos pássaros engaiolados.
Gosto do rumor que fazem nos galhos
ao entardecer,
de seus cantos isolados que nunca poderemos saber
se serão reproduzidos
ou se partirão para sempre, com o vôo ignorado.
Gosto dos pássaros, eles são como as águas para a terra
semeiam cantos e mistérios
fecundam o céu de música.
Mas quero vê-los livres, como as nuvens nômades
como as correntes encachoeiradas.
Nas gaiolas seus cantos são lamentos aos meus ouvidos
e eu me sinto como um carcereiro num momento lúcido,
sem alegria.
(Poema de JG de Araujo Jorge extraído
Um comentário:
Realmente é algo triste...
Fique com Deus, menina Sonia Silvino.
Um abraço.
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