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sábado, 3 de novembro de 2012

Se os matadouros tivessem paredes de vidro...




Vídeo no YouTube legendado (acima) :http://youtu.be/FgavacZ_47Q
Vídeo no YouTube dublado: http://youtu.be/2VVy_V-XOv4


  Você provavelmente já assistiu ao documentário "Glass Walls" (acima), narrado por Sir Paul McCartney

Aqui vai o texto traduzido para o português por nossa amiga Marlene.

   Consulte o teor da narração feita por Paul neste vídeo postado no YouTube.

Para quem não quer ver as cenas, tem a opção de ler a seguir tudo que Paul McCartney fala neste vídeo-documentário: 


  • "Oi, eu sou o Paul McCartney.

     Eu costumo dizer que se os abatedouros tivessem paredes de vidro, seríamos todos vegetarianos. Os animais criados em granjas-fábrica modernas e mortos em abatedouro passam por sofrimentos quase inimagináveis. Espero que uma vez que você veja a crueldade rotineira envolvida na criação, no transporte e na matança de animais para comida, você se junte às milhões de pessoas que decidiram tirar a carne de seus pratos em nome do bem.

    PAREDES DE VIDRO

     Galinhas e perus são, indiscutivelmente, os animais mais abusados na face da terra. Eles são amontoados em galpões imundos às dezenas de milhares e forçados a viver em meio a seus próprios excrementos. Galinhas e perus são selecionados geneticamente para crescer tanto, e tão rapidamente, que muitos ficam aleijados pelo próprio peso. Trabalhadores de abatedouros e granjas mecanizadas são mal pagos e seus trabalhos muitas vezes não são monitorados. Muitas investigações em abatedouros de galinhas e perus revelaram crueldades chocantes que vão além dos abusos usuais, como essa filmagem recente de uma grande produtora de perus. Galinhas usadas na indústria de ovos são amontoadas em gaiolas tão pequenas que elas não conseguem fazer nada que lhes seja natural ou importante - nem mesmo esticar uma única asa. A ponta de seus bicos sensíveis é cortada com uma lâmina quente causando uma dor crônica que estudos já mostraram que perdura por mais de um mês. Galinhas são animais inteligentes cuja habilidade de raciocinar, em alguns casos, é superior à de cachorros e de crianças. Galinhas são também animais muito sociáveis, com uma elaborada "ordem de bicagem" ou sistema de hierarquia social. Ainda assim, as galinhas são usadas pela indústria de ovos, são confinadas em gaiolas minúsculas durante suas vidas inteiras. Isto causa o desgaste de seus músculos e a deterioração e quebra de seus ossos por falta de uso. Seus pés ficam lacerados e seus corpos machucados e cortados por ficarem em pé nos arames durante dezoito meses, antes de ser mandados para os abatedouros. Ao final de suas miseráveis vidas, galinhas e perus são forçadamente jogados em gaiolas superlotadas e transportados por horas sob todos os tipos de condições climáticas, sem comida ou água. No abatedouro as pernas destas aves são enfiadas em grilhões e suas gargantas são cortadas, muitas enquanto ainda estão completamente conscientes.

     Porcos são mais inteligentes que cachorros - se saem até melhor que os primatas em uma série de tarefas como na operação de videogames interativos. Suas habilidades cognitivas superam as de uma criança de três anos. Mesmo assim, em granjas-fábrica, eles são confinados em condições de lotação e imundície. Muitos deles enlouquecem com o estresse, abusos e completa falta de estimulação mental. Porcas reprodutoras são tratadas como máquinas, forçadas a gerar ninhada após ninhada. Elas dão a luz em celas áridas que não tem espaço suficiente para sequer cuidar de seus filhotes. Leitões doentes ou pequenos são rotineiramente mortos por "pancadas", como você vê aqui. As condições são tão ruins nas granjas de reprodução de porcos que a doença e morte de leitões é comum e considerada aceitável pela indústria. os porcos são selecionados para crescer de forma anormalmente rápida, o que causa lesões, doenças e dor constante. Eles são então submetidos a um transporte massacrante antes de serem mortos. A insensibilização por choque elétrico não é confiável, o que significa que muitos porcos continuam completamente conscientes enquanto suas gargantas são cortadas.

     Vacas e bois nunca esquecem um rosto ou um lugar e tem habilidades de solução de problemas complexos. O Prof. Donald Broom, da Universidade de Cambridge, documentou o fato de que esses dóceis animais ficam animados e as vezes até saltam no ar quando descobrem a solução para um problema. Vacas usadas para carne e leite são alimentadas com uma dieta não natural para maximizar o crescimento e a produção de leite, que faz com que elas fiquem sob dor constante. Durante o inverno em locais frios, estes animais ficam amontoados em galpões imundos e congestionados de forma bem semelhante ao confinamento de porcos e frangos e em alguns casos as vacas são mantidas nestes recintos durante o ano inteiro. As vacas produzem leite para sua prole - não para seres humanos e as vacas na indústria de laticínios são mantidas permanentemente grávidas, para manter o leite fluindo. Os filhotes são retirados delas logo em seguida ao nascimento, o que causa um estresse enorme em ambos. Nas fazendas leiteiras de hoje as vacas mães são tratadas como nada mais do que máquinas de leite. Algumas são geneticamente manipuladas para produzir dez vezes mais leite do que seus bezerros mamariam naturalmente. Algumas vezes por dia, elas são conectadas a estas máquinas - o que pode causar uma dolorosa mastite por ordenha repetitiva. Quando elas não são mais úteis para a produção de leite, também elas são levadas aos abatedouros, normalmente para serem moídas para hambúrgueres e sopas. Sejam criadas para carne ou para leite, as vacas passam por uma dolorosa jornada até os abatedouros ao final de suas vidas. Algumas nem mesmo sobrevivem à viagem. Como com os porcos, os métodos de insensibilização são frequentemente ineficazes, causando ainda mais agonia. Os abates religiosos, são no mínimo, tão cruéis quanto os métodos de abate convencionais. A carne desses animais é certificada como "kosher" pela maior certificadora kosher do mundo - a União Ortodoxa.

     Existe um consenso científico de que peixes são inteligentes, e que tem personalidades individuais diferentes. Eles podem usar ferramentas e têm memórias sofisticadas. A Dra. Sylvia Earle, renomada bióloga marinha, diz: "Eu não como ninguém que eu conheça pessoalmente". Eu não comeria deliberadamente uma garoupa mais facilmente do que eu comeria um Cocker Spaniel". "Eles tem uma índole tão boa, tão curiosa. Você sabe, peixes são sensíveis, eles têm personalidades. Eles se machucam quando são feridos." Eles também sentem dor do mesmo jeito que os mamíferos, e ainda assim eles são mortos aos bilhões de formas que seriam ilegais com qualquer outra espécie. Redes de pesca em massa capturam centenas de toneladas de animais enquanto são arrastadas no fundo do mar. Quando eles chegam aos barcos, os animais sofrem de descompressão, sufocamento, ou esmagamento pelo enorme peso de todos os outros corpos. Golfinhos baleias, tartarugas e peixes não alvos , que a indústria de pescado chama de "pesca acidental",são todos rotineiramente fisgados por anzóis e emaranhados de redes - seus corpos sendo jogados de volta no oceano. Cientistas ambientais estão soando o alarme sobre o estado trágico dos oceanos mundiais. Se continuarmos com este estupro dos oceanos pela indústria pesqueira no ritmo atual, cientistas marinhos nos dizem que os oceanos estarão vazios de peixes até o ano 2048.


  •  Aquacultura ou criação subaquática de peixes é também extremamente abusiva para com os animais. Os peixes são forçados a nadas em seus próprios dejetos em tanques contaminados e congestionados. As doenças prosperam. As condições em algumas fazendas são tão horríveis que quarenta por cento dos peixes morrem antes mesmo dos fazendeiros estarem prontos para matá-los e empacotá-los como comida. O consumo de peixes é a causa número um de intoxicação alimentar e é o único meio significante pelo qual os humanos são expostos ao mercúrio. Tal intoxicação pode causar uma vasta gama de problemas neurológicos. Não importa se a carne vem de um animal com quatro ou duas pernas ou nenhuma perna, todas as carnes são na realidade, vermelhas.
    A produção moderna de carnes é a responsável por surtos recentes da doença de vaca louca, SARS, gripe aviária e outras doenças, e produtos animais estão constantemente contaminados por bactérias de Campylobacter, Salmonella e E.coli. O consumo de carne de animais, que está cheia de gorduras e colesterol, é também um dos principais responsáveis pelas epidemias atuais de obesidade, doenças cardíacas e câncer. Estudos mostram que vegetarianos são menos propensos a todas estas doenças. E se você se preocupa com o meio ambiente, por favor saiba que de acordo com cientistas da ONU, comer carne gera quarenta por cento mais gases do efeito estufa (que causam mudanças climáticas) do que todos os sistemas de transporte do mundo somados. O relatório da ONU também afirma que comer carne é uma das maiores contribuições à degradação de terras, escassez de água e poluição do ar e da água. Se nos preocupamos com o meio ambiente, tirar a carne de nossas dietas é a ação mais importante que podemos tomar. Somente o preconceito permite qualquer um pensar que existe diferença entre maltratar um gato e maltratar uma galinha, ou maltratar um cachorro e maltratar um porco. Sofrimento é sofrimento, não importa como você o faça. Comer carne é ruim para nossa saúde, é ruim para o meio ambiente, e financia diretamente crueldades flagrantes contra animais. 

  • A decisão é sua. Por favor, faça a escolha da compaixão. E por favor, compartilhe isto com um amigo. Obrigado."

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